Centro de Ciência do Café (CCC) Alentejo – Portugal

FAROL DAS PALAVRAS apresenta CONVERSAS DE FAROL – Uma vez ao mês uma novidade diretamente das Terras Lusitanas com a autora Rosária Casquinha. Dezembro foi um bom mês. Lancei o meu segundo livro, celebrei o meu aniversário, viajei e visitei o Centro de Ciência do Café (CCC), um espaço único na Europa. E localiza-se onde? Campo Maior (a capital do café), Alentejo, Portugal. Bom para mim. É um espaço que alia conhecimento, divulgação técnico-científica, informação e atividades interativas. O CCC é propriedade da empresa Delta Cafés, é lá que nos cruzamos com o legado “material e imaterial, intelectual e físico” que a empresa reuniu ao longo de 50 anos de atividade, e é onde os aromas da torrefação nos despertam os sentidos para a aprendizagem. A visita começou na Estufa, que recria o habitat do cafeeiro. Foi neste espaço que me instruí no que diz respeito às espécies e géneros

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Festival de Banda Desenhada de Amadora – Portugal

FAROL DAS PALAVRAS apresenta CONVERSAS DE FAROL – Uma vez ao mês uma novidade diretamente das Terras Lusitanas com a autora Rosária Casquinha. Pergunto-me como é que, em mais de 30 anos de evento, nunca tinha ido à Amadora BD? Talvez porque a banda desenhada não agitava o meu espírito de leitora. Mas uma pessoa muda e os amigos dão uma ajuda, de tal forma, que comprei nesta edição do festival o meu primeiro mangá, e já o li! O Amadora BD foi criado em 1990 e é uma iniciativa da Câmara Municipal da Amadora, que tem por objetivo criar e educar novos leitores de banda desenhada. Comigo resultou! Este é o evento mais importante de Portugal, dedicado à banda desenhada. Reúne, anualmente, autores, editores, agentes e colecionadores de diferentes países em sessões de autógrafos, exposições, lançamentos, oficinas e apresentações. A 34ª edição decorreu de 19 a 29 de outubro

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Casa-Museu Amália Rodrigues – Conversas de Farol

FAROL DAS PALAVRAS apresenta CONVERSAS DE FAROL – Uma vez ao mês uma novidade diretamente das Terras Lusitanas com a autora Rosária Casquinha. Decidi visitar a Casa-Museu Amália Rodrigues no dia 6 de outubro. Inconscientemente, decidi conhecer o lado mais pessoal e íntimo da nossa fadista maior, no dia em que se assinalavam os 24 anos do seu desaparecimento. Arrepiei-me quando soube, e ainda agora me arrepio. Abrir as portas de sua casa ao mundo foi um desejo seu. Ela, que sempre soube receber, fez questão de nos continuar a acolher na sua casa, mesmo após a sua morte. Foi um momento muito intimista, emotivo e de gratidão. Privei com o seu dia a dia através dos seus vestidos e joias que usava nos concertos, dos balandraus de trazer por casa, dos livros, dos retratos de família, dos prémios, do Chico (o seu papagaio, sim, ele ainda é vivo). Caminhei

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Parque dos Poetas – Conversas de Farol

FAROL DAS PALAVRAS apresenta CONVERSAS DE FAROL – Uma vez ao mês uma novidade diretamente das Terras Lusitanas com a autora Rosária Casquinha. Venham comigo. Vamos fazer um passeio poético! O Parque dos Poetas localiza-se em Oeiras, na Vila vizinha da minha e, ainda assim, acreditam que só lá tinha ido uma vez, na correria do dia a dia? Onde fica a poesia deste momento? A vida é para ser apreciada. Voltei com tempo e o passeio fez-se de versos. Este parque urbano de 22,5 hectares, bem perto de Lisboa, nasceu da vontade de homenagear a poesia nacional e além-fronteiras. Ao longo do passeio cruzamo-nos com 60 poetas, obras escultóricas de mais de 40 artistas, que eternizaram os grandes da poesia portuguesa e de países ou territórios de expressão portuguesa. Eles surpreendem-nos nos seus recantos e convidam-nos a ficar, a saber um pouco mais sobre a sua obra. Um convite

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Casa Fernando Pessoa – Conversas de Farol

FAROL DAS PALAVRAS apresenta CONVERSAS DE FAROL – Uma vez ao mês uma novidade diretamente das Terras Lusitanas com a autora Rosária Casquinha. “Quantos sou?” Depois desta visita desassossegada à Casa Fernando Pessoa, tenho a certeza que sou muitas! E vivo bem com esta realidade. Sou uma alma criativa, talvez por isso me tenha identificado tanto com o nosso Pessoa. Venham comigo visitar este lugar. Comecemos pelo piso 3 – Os Heterónimos – é lá que nos encontramos com Fernando Pessoa, o escritor. Criou mais de 100 personagens sendo as mais conhecidas: o poeta das sensações, Álvaro de Campos; o poeta da natureza, Alberto Caeiro; o poeta classicista, Ricardo Reis; e a “mutilação” da personalidade de Fernando Pessoa, Bernardo Soares. Vamos sentar-nos a ouvir ‘Ai Margarida’? Imaginemos que é Álvaro de Campos que nos recita ao ouvido. Desçamos até à sua biblioteca Particular. Aqui, descobrimos os livros que Pessoa leu.

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93 anos de Feira do Livro de Lisboa – Conversas de Farol

FAROL DAS PALAVRAS apresenta CONVERSAS DE FAROL – Uma vez ao mês uma novidade diretamente das Terras Lusitanas com a autora Rosária Casquinha. 93 anos de Feira do Livro de Lisboa! São muito anos, muitos livros, muitos autores, muitas editoras, muitos livrólicos nada anónimos. Para mim, esta foi a edição mais emocionante de todas (tirando a de 2021 em que fui como autora, para uma sessão de autógrafos). Este ano, tive o privilégio de visitar o certame em vários dias e de participar em algumas iniciativas promovidas pelas editoras: Sprints de Leitura, Rendez-Vous de devoradores de livros, Speed Meets Literários com editores, sessões de autógrafos com autores que admiro, reencontros felizes, enfim muitas emoções. Este é o maior evento literário do país, um verdadeiro incentivo à leitura, e tem lugar no Parque Eduardo VII, no coração da capital. Terminou esta semana e contou com 2350 eventos, 981 marcas editoriais representadas

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I Projeto de distribuição gratuita de livros de novos autores Lusófonos

Farol das palavras – O que te levou a participar do projeto? Débora Lima – A generosidade, a grandeza que ele reflete: reunir, promover, propagar literatura em tempos de esvaziamento do sentido das palavras é uma missão e tanto. Fernando Pessoa disse que a língua portuguesa era sua pátria (no seu caso, o português de Portugal) e deve ser também a nossa (no nosso, o do Brasil), assim plena de mistura, de integração de culturas várias, riquíssima e esse projeto favorece essa integração e esse resgate. Farol das Palavras – Para você, qual é a maior dificuldade que um novo autor enfrenta? Débora Lima – Sem sombra de dúvida, a maior dificuldade é ser lido. Claro que para quem ama escrever o prêmio do caminho está no caminhar, o fazer já é uma grande realização, mas quando temos uma mensagem na qual realmente acreditamos, desejamos que as pessoas sejam tocadas,

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Um farol para novos autores

O I Projeto de distribuição de livros de novos autores lusófonos recebeu este título justamente para despertar primeiramente a atenção; afinal gratuidade jamais passará despercebida aos olhos do público, ainda mais se tratando de livros. Mas, a iniciativa exerce uma função muito mais profunda e expressiva do que simplesmente distribuir livros. O Farol das Palavras acredita no potencial dos autores de língua portuguesa que infelizmente ainda sofrem muito preconceito e desvalorização do mercado com escassa propagação dos autores nacionais – diferente apenas nos casos em que os autores já são consagrados pela grande mídia – Acredita tanto, que além de divulgar, valoriza os novos autores lusófonos por meio de apresentações em vídeos que acontecem no Instagram oficial @faroldaspalavras e por meio de uma galeria virtual criada exclusivamente para dar continuidade a essa divulgação por meio da exposição permantente de todos os livros participantes. Esta galeria intitulada como Galeria Lusófona, se

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Carolina Maria de Jesus está no IMS – Paulista

Estive visitando a belíssima exposição de Carolina e recomendo esta como uma mostra imperdível para quem quiser mergulhar um pouco mais na sua linha do tempo literária e de vida. Ambas são quase a mesma coisa, se fundem numa urgência de se dizer, de se exclamar às alturas as necessidades, os sonhos e as urgências. Carolina Maria de Jesus foi uma escritora profícua, multiartista, que estabeleceu uma tradição estética e literária de alcance internacional, com reverberações no tempo presente. Uma mulher negra que mesmo diante de todas as adversidades foi sim protagonista de sua própria história. Mesmo com altas doses de inclinação política, independentemente de suas posições na época – Carolina poderia ser em sua época o que hoje conhecemos como militante – ainda sim, percebi na curadoria da mostra, expressiva apropriação de críticas, não somente ao sistema geral, – o que seria perfeitamente natural e pertinente, – mas especificamente

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Centenário Clarisse Lispector

Nome fundamental da literatura brasileira, Clarisse Lispector recebe uma exposição no Instituto Moreira Salles – IMS Paulista em homenagem ao seu centenário. A mostra Constelação Clarisse aconteceria no ano passado, mas devido a pandemia precisou ser adiada para este ano. E eu que não sou boba e nem nada aproveitei para conferir de pertinho no dia 19 de novembro data do meu aniverário, todo esse universo profundo e abrangente que recebeu uma curadoria minunciosa e ao mesmo tempo pontual. Nascida na Ucrânia em 1920, veio quando pequena (criança de colo) para o Brasil, tornou-se a única mulher da redação do Jornal do Brasil onde trabalhou e é autora de mais de dezoito livros. Merecidamente reconhecida como um dos principais nomes da literatura nacional, Clarisse é de fato uma autora que permanece viva e reluzente representante da verdadeira arte de escrever com furor nos mais variados aspectos. E não poderia deixar

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110 anos de Theatro Municipal

No dia 12 de Setembro um dos grandes cartões-postais da Capital Paulista completou 110 anos e eu não poderia deixar de fazer a minha visita neste espaço tão significativo para mim, principalmente porque além de escritora, também sou atriz. Mas inicio este texto acrescentando que cartão-postal mesmo fica para toda a história do Theatro e o que ele verdadeiramente representa, pois em termos estéticos (no entorno de todo o prédio) e principalmente em termos de segurança, tem sido muito prejudicado pela má gestão do Estado e da Prefeitura na condução da remoção das pessoas em vulnerabilidade social que abrigam as escadarias do Theatro em toda sua extensão. Temos aqui um assunto muito sério em questão, de não fácil resolução, mas é importante ressaltar que moradores de rua poderiam estar melhor abrigados, recebendo todo apoio e ajuda necessária para que estes não estivessem em estado degradante como lá estão, ocupando ruas

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Uma manhã feliz no Museu da Língua Portuguesa

Assim que eu soube da reabertura do Museu da Língua Portuguesa no final do mês de Julho, imaginei que viveria um misto emoções em minha primeira visita após o intenso trabalho de reconstrução que perdurou cinco anos. O incêndio que deixou nosso corações aos prantos tamanha tristeza e sensação de impotência, no dia de ontem, quinta-feira 19/08/21, uma manhã ensolarada que coincidência ou não integra uma semana de dias mais quentes após semanas frias de intenso inverno e que foi o dia escolhido por mim para fazer esse tour especial, pertencia apenas à memória, dessas que a gente realmente quer deixar para sempre esquecidas. O primeiro post do mês de Agosto será esse brindar da nossa língua. Apresentarei em flashes um pouquinho da maravilhosa experiência que tive neste que é um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, e que se encontra aqui em São Paulo, cidade que possui

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