FAROL DAS PALAVRAS apresenta CONVERSAS DE FAROL – Uma vez ao mês uma novidade diretamente das Terras Lusitanas com a autora Rosária Casquinha.
Dezembro foi um bom mês. Lancei o meu segundo livro, celebrei o meu aniversário, viajei e visitei o Centro de Ciência do Café (CCC), um espaço único na Europa. E localiza-se onde? Campo Maior (a capital do café), Alentejo, Portugal. Bom para mim. É um espaço que alia conhecimento, divulgação técnico-científica, informação e atividades interativas. O CCC é propriedade da empresa Delta Cafés, é lá que nos cruzamos com o legado “material e imaterial, intelectual e físico” que a empresa reuniu ao longo de 50 anos de atividade, e é onde os aromas da torrefação nos despertam os sentidos para a aprendizagem.
A visita começou na Estufa, que recria o habitat do cafeeiro. Foi neste espaço que me instruí no que diz respeito às espécies e géneros desta planta da família das Rubiáceas. Fiquei a saber ao pormenor as características do Café Arábica, do Robusta e do Моса. Descobri que esta bebida é o segundo produto mais comercializado no mundo e que se bebem mais de 3000 chávenas de café a cada segundo (eu faço parte desta estatística). Cultivei-me sobre os sistemas de plantação, a poda, a flor, o fruto, os maiores produtores, bem como os responsáveis pela polinização dos cafeeiros: colibris, abelhas, borboletas, entre outros.
Descobri a lenda do pastor Kali, que nos transporta para a origem geográfica do café. Segundo consta, as suas cabras ficavam muito ativas sempre que ingeriam determinadas cerejas… Como eu as entendo! De seguida, encantei-me com a presença do café na literatura, na pintura e no cinema. Encantei-me com a descoberta de todos os seus benefícios.
Perdi-me de amores pela exposição permanente de moinhos de café, chávenas, cafeteiras. Trazia todos para casa, já para não falar da pequena biblioteca dedicada a este néctar dos deuses.
A visita termina com uma degustação de café e uma visita à loja. Antes de sair e já com saudades, cruzei-me com o Mico, a mascote do CCC, que adora comer a cereja do café. Um excelente embaixador.
Por: Rosária Casquinha / @rosaria_casquinha
Autora do Livro “No meio do Nada”, Book Lover, Travel Girl, Mentora do projeto “Cartas, atalhos que aproximam” e Fundadora do @livrosnoarmazem
